sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Saudade
Chego ao fim agora do curso de Matemática e continuo apaixonada por palavras. Os algarismos vou deixar de lado e levar apenas como parte de um processo que precisei passar, viver, e descobrir o que ele queria me dizer.
É com muito orgulho que vou levantar o canudo, fruto de muito suor, sangue e lágrimas.
E é com muita saudade que volto a postar algo aqui, blog da matéria mais atraente que fiz na Unicamp.
Obrigada a todos por tudo.
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terça-feira, 21 de abril de 2009
6.2 - Comentários sobre outras postagens
- Marcel: http://marcelmagu.blogspot.com
- Hugo: http://hugo-am038.blogspot.com/
Em "Variações sobre ciência e arte" foram escolhidos:
- Tatiana: http://tatianapacioni.blogspot.com/
- Gabriela: http://gabibosshard.blogspot.com
5.1 - Questões acadêmicas abordadas
- A crescente e dominante especialização de temas, saindo de uma era em que o conhecimento se mostrava de modo mais unido, sem muitas subdivisões ou mesclas de teologia e/ou mitologia com ciência, filosofia e arte;
- Os recursos narrativos empregados textos científicos. Ianni cita trechos em que é possível ver claramente figuras de linguagem e afins, que levam o leitor à um deslumbramento com o tema.
Em "Considerações sobre a neutralidade da ciência":
- A primeira das questões que me chama a atenção é sobre o princípio do custo de oportunidade, em que o autor chama a atenção para até que ponto é válido se investir em alta tecnologia, a que será destinada à produção de bens ou serviços restritos às camadas ricas da sociedade ao invés de impregá-la no setor de saúde, por exemplo, atingindo um número muito maior de pessoas de classes mais baixas e necessitadas;
- A segunda questão pode seguir na mesma linha, ainda em forma de crítica aos malefícios não intencionais que vem com a ciência (ou tecnociência): os efeitos colaterias. O autor cita o benefíco que trouxe a geladeira à sociedade, mas põe em dúvida se o malefícios que os gases emitidos pelo eletrodoméstico trazem ao meio ambiente não superam o primeiro.
5.2 - Considerações sobre a neutralidade da ciência
- Título: Considerações sobre a neutralidade da ciência;
- Autor: Marcos Barbosa de Oliveira (2 - Professor Associado na Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo);
- Palavras-chave: "Ciência; tecnologia; neutralidade; relativismo; imparcialidade;
Lacey"; - Resumo: "O texto apresenta uma discussão da tese da neutralidade da ciência,
tomando como ponto de partida algumas formulações dos Parâmetros
Curriculares Nacionais. A neutralidade é analisada em três componentes: a
imparcialidade, a neutralidade aplicada e a neutralidade cognitiva. Procura-se
mostrar que, para não se cair no relativismo, a imparcialidade deve ser mantida,
mas a neutralidade aplicada não se sustenta, nem como fato nem como
valor."; - Desenvolvimento: No mesmo estilo de Ianni, porém com uma linguagem, a meu ver, menos rebuscada, Marcos deixa o texto correr sem subdivisões de temas, com exceção, novamente, do resumo e bibliografia;
- Referências bibliográficas: Segue na última página uma lista com 7 obras referenciadas.
5.3 - Variações sobre arte e ciência
- Título: Variações sobre arte e ciência;
- Autor: Octavio Ianni, professor-emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo;
- Palavras-chave: "Ciência e arte; Verdade social e representação artística; Linguagens; Narrativas; Sociologia do pensamento.";
- Resumo: "O texto propõe aproximações entre ciência e arte por meio de contrastes e semelhanças
reconhecíveis nessas modalidades discursivas de conhecimento, como linguagens
e narrativas singulares, dotadas de características próprias, mas que freqüentemente
se valem de procedimentos e recursos alheios. Busca salientar tanto os usos de
recursos ficcionais pelos textos científicos, como o contrário, as valências cognitivas e
mesmo a reconstrução complexa de experiências sociais pelos textos literários, articulados
por uma ambição estética."; - Desenvolvimento: O texto apresenta-se dentro do formato científico, praticamente sem subdivisão de suas partes (exceto pelo resumo e bibliografia), com citações pertinentes de outros autores;
- Referências bibliográficas: Seguem nas 2 últimas páginas uma lista com 19 obras referenciadas.
sábado, 4 de abril de 2009
A relevância temática
Procurando por pesquisas na área de Matemática, achei pouca coisa que contribuísse mais diretamente e a curto prazo. Selecionei, no entanto, as 3 solicitadas. São elas:
- Título [PT]: Um modelo matemático para calcular o índice de risco de malignidade de tumores do ovário utilizando a teoria dos conjuntos fuzzy.
Link: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000427948
Esse modelo matemático foi adaptado para que se pudesse distinguir a malignidade da benignidade de tumores do ovário. A área do trabalho não é a Matemática pura, e sim a Biomatemática (aplicada). Achei um tema muito relevante e, uma vez aplicado, com consideráveis benefícios à sociedade. Confesso achar que as mais importantes pesquisas são as relacionadas à saúde, equivocadamente ou não. Apesar de não ter pretensões de prosseguir os estudos de pós-graduação na área, penso que, se o fizesse, procuraria que fosse nessa linha.
Essa dissertação de mestrado foi defendida em 10/2007.
- Título [PT]: Análise matemática de um modelo de controle de populações de mosquitos.
Link: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000434396
Gostei do tema. Quebra com a rigidez matemática que muitas vezes faz qualquer um se (e me) perguntar "mas pra que é que serve isso?!". Escolhi pela praticidade do tema, e a primeira aplicação à curto prazo que me veio à cabeça foi pensando numa população de mosquitos transmissores da dengue. E nesse caso, que o prazo seja, ou fosse, muito curto!
Dissertação de mestrado defendida em 02/2008.
- Título [PT]: Modelagem e simulação numérica de derrames de óleo no canal de São Sebastião, SP.
Link: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000132854
Apesar desse trabalho não ter o resumo informado, selecionei-o por duas razões: muito pouco tema de aplicação à curto prazo ou sequer aplicável à sociedade na minha área e quase todos relacionados a saúde. É verdade que gosto desses, mas todos sobre Biomatemática me pareceu cansativo.
Pois esse tema teve tudo para ser aplicável. Porém, o título apenas (sem o resumo) não nos deixa saber ao certo se existia alguma intenção de se controlar e/ou evitar derramamento de óleo no Canal de São Sebastião.
Dissertação de mestrado defendida em 08/1998.
Considerações finais apenas para novamente registrar que sinto ter visto tão poucos trabalhos aplicáveis à sociedade. Talvez essa sensação seja a que afasta dessa exatidão, para mim, sem razão.
sábado, 28 de março de 2009
3.2 - Trabalho - Percepções
Como uma aspirante à jornalista que cursa Matemática, meus olhos confessam ter pulado as fórmulas de física já tão esmiuçadas em longas aulas. Não havia alí muito o que ser lido. Trabalho, em Joule, não tem calor. Não tem vida.
Humanização, então, estaria num decreto que põe também numa fórmula o quanto uma pessoa precisa para viver? Não foi o que senti. Causou um certo incômodo e estranhamento ver como são frias as formas de se tratar as necessidades pessoais; como são todos medidos por uma só régua.
Chico veio a calhar, então. "Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe". E essa música, que sempre aparece em aulas em que somos postos a pensar no tema, realmente expressa bem a face dos que têm o mínimo e do mínimo tentam fazer um todo que não se acha fácil. Os que precisam se realizar com pouco.
De pouco, o que não se vê na pintura de Portinati é rigidez. Opressão dura, de tempos em que provavelmente não havia nem um mínimo com que se contar.
Independente do prisma, todas as formas causam alguma sensação, e em quase nenhuma há satisfação. Penso que deveria me sentir entusiasmada em falar sobre o trabalho dos Joules, que é, por um tropeço, minha área. Mas não há tal euforia. Mas, para constar, trabalho (em exatas) é o cálculo da energia que se transfere quando uma força, medida em Newtons é aplicada por um deslocamento d do objeto.
A parte disso, trabalho me traz uma sensação constante de que é o foco absoluto. Afinal, comemos, dormimos, descansamos e nos distraímos para voltar à trabalhar, para ter condições de trabalhar. E nesse ciclo sou mais uma, engolida e quase sem tempo pra pensar sobre. Era essa a idéia?