- Marcel: http://marcelmagu.blogspot.com
- Hugo: http://hugo-am038.blogspot.com/
Em "Variações sobre ciência e arte" foram escolhidos:
- Tatiana: http://tatianapacioni.blogspot.com/
- Gabriela: http://gabibosshard.blogspot.com
Procurando por pesquisas na área de Matemática, achei pouca coisa que contribuísse mais diretamente e a curto prazo. Selecionei, no entanto, as 3 solicitadas. São elas:
Link: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000427948
Esse modelo matemático foi adaptado para que se pudesse distinguir a malignidade da benignidade de tumores do ovário. A área do trabalho não é a Matemática pura, e sim a Biomatemática (aplicada). Achei um tema muito relevante e, uma vez aplicado, com consideráveis benefícios à sociedade. Confesso achar que as mais importantes pesquisas são as relacionadas à saúde, equivocadamente ou não. Apesar de não ter pretensões de prosseguir os estudos de pós-graduação na área, penso que, se o fizesse, procuraria que fosse nessa linha.
Essa dissertação de mestrado foi defendida em 10/2007.
Link: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000434396
Gostei do tema. Quebra com a rigidez matemática que muitas vezes faz qualquer um se (e me) perguntar "mas pra que é que serve isso?!". Escolhi pela praticidade do tema, e a primeira aplicação à curto prazo que me veio à cabeça foi pensando numa população de mosquitos transmissores da dengue. E nesse caso, que o prazo seja, ou fosse, muito curto!
Dissertação de mestrado defendida em 02/2008.
Link: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000132854
Apesar desse trabalho não ter o resumo informado, selecionei-o por duas razões: muito pouco tema de aplicação à curto prazo ou sequer aplicável à sociedade na minha área e quase todos relacionados a saúde. É verdade que gosto desses, mas todos sobre Biomatemática me pareceu cansativo.
Pois esse tema teve tudo para ser aplicável. Porém, o título apenas (sem o resumo) não nos deixa saber ao certo se existia alguma intenção de se controlar e/ou evitar derramamento de óleo no Canal de São Sebastião.
Dissertação de mestrado defendida em 08/1998.
Considerações finais apenas para novamente registrar que sinto ter visto tão poucos trabalhos aplicáveis à sociedade. Talvez essa sensação seja a que afasta dessa exatidão, para mim, sem razão.
"Guilherme,
Achei bem diferente o modo como escreveu. Bem diferente do meu.
Sem mencionar datas, você se valeu de expressões como "a partir de então" para projetar os acontecimentos futuros no relato e fez isso com coesão.
Achei forte o lado subjetivo do escrito, mostrando claramente qual é a sua opinião sobre ele.
A única falha, a meu ver, foi a mesma que eu cometi no meu texto: não citou as fontes. Esquecemos. Rs.
Parabéns pelo texto!"
"Oi Hugo,
Diferentemente do Guilherme, não achei que o foco foi quase que exclusivo às não premiações. Achei os fatos citados bem distribuídos, e você mostrou imparcialidade na sua posição, elencando todos os aspectos, negativos e positivos, da carreira dele (como é, a meu ver, o jeito mais interessante de se contar algo).
Gosto de terminar de ler e não ter idéia do que você pensa sobre quem escreveu. Mostra, como já disse, imparcialidade.
Gostei do texto.
Abraços.
Essa modalidade de texto científico requer como princípio básico a escolha de um tema. Este deve ser relevante ao meio em que será inserido e mostrará resultados de experiências ou pesquisas já realizadas.
Um artigo pode também dar ênfase à algum assunto tirado de uma dissertação ou tese que seu escritor julgue merecedor de destaque. O processo de submissão precisa encarar o crivo de 2 ou mais pareceristas. Se aprovado, o artigo é publicado, garantindo reconhecimento ao tema.
Alguns dos aspectos analisados são: grau de originalidade do tema, coerência e adequação da linguagem, grau de contribuição à area entre outros.
O artigo deve contar com um rigoroso embasamento, e seu autor deve demonstrar completo domínio do tema. Ele é um dos termômetros (equivocadamente ou não) da carreira de um cientista.
Exemplos:
http://www.risktech.com.br/PDFs/CDSBr43.pdf
http://www.risktech.com.br/PDFs/Opcoesdolbr.pdf
O relatório científico serve para revelar resultados de uma pesquisa ou experimentação, já completamente desenvolvidos ou ainda me fase de desenvolvimento.
Deve contar com uma narração acerca dos problemas enfrentados, os sucessos e fracassos, materiais usados e obejtivos do que se relata. Deve-se, também, focar na contextualização do leitor ao tema.
Resultados precisam ser mostrados em todos os passos, descrevendo bem o que se conseguiu (e não se conseguiu) em cada etapa. É importante também descrever as medidas tomadas diante de um fracasso e o resultado de tais medidas.
A conclusão marca o fim do relatório e deve ser bem construída, mostrando todos os resultados obtidos e a aplicabilidade do que se obeteve. A bibliografia deve ficar numa sessão específica, ao final do relatório.
Exemplos:
http://www.fe.unicamp.br/alfaplangies/relat.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2000000200019&script=sci_abstract&tlng=pt
O ensaio consiste na exposição, por parte do autor, de idéias sobre um tema. Caracteriza-se, sobretudo, pelo não aprofundamento exaustivo ao tema.
É, até então, o tipo mais subjetivo dos textos, já que o autor colocará, após muita pesquisa bibliográfica, suas opiniões pessoais sobre o que foi lido.
No seu esqueleto, deve conter uma introdução como forma de contextualização do leitor e a bibliografia usada, arrajados da forma que quem escreve achar mais conveniente.
Os ensaios podem contar com a preponderância de um ou mais dos seguintes enfoques:
Ensaio descritivo
Ensaio explicativo
Ensaio narrativo
Ensaio comparativo
Ensaio persuasão
Ensaio reflexivo
Exemplos:
http://www.teologica.br/theo_new/files/BrincandoDeus_LarryP.pdf
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252008000200015&script=sci_arttext"Einstein é uma fraude, uma besta! Ele plagiou a Teoria da Relatividade."
Polêmico e ácido, Césare Mansueto Giulio Lattes consagrou-se como um dos maiores nomes da ciência brasileira no século XX. Formado em 1943, aos 19 anos, na Universidade de São Paulo em Matemática e Física, Lattes conseguiu em pouco tempo o que muitos tentaram a vida toda.
Foi em 1947 que as partículas responsáveis pelas forças nucleares ganharam nome e atenção. Lattes foi co-descobridor do méson-pi fazendo parte da equipe de Cecil Frank Powell.
Aos 24 anos, foi responsável pela detecção da produção artificial das partículas píon através do bombardeio de átomos de carbono, no laboratório da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Por duas vezes chegando muito perto de levar o Prêmio Nobel de Física, Lattes viu-se boicotado em detrimento de outros nomes que levaram a melhor na premiação. A primeira vez, em 1950, foi Powell quem levou o prêmio, sem qualquer referência à contribuição de Lattes ou aos outros estudiosos da equipe. Na segunda vez, o Nobel lhe escapou por uma fatalidade. A comissão do Prêmio chegou a enviar uma carta a ele por meio da atual Universidade do Rio de Janeiro, mas por conta da burocracia interna o documento só chegou às suas mãos um ano mais tarde. Eugene Garden, seu parceiro na descoberta da produção artificial do mésón-pi na Califórnia, havia morrido naquele ano em decorrência dos trabalho na bomba atômica. "E como não se dá prêmio póstumo, perdi a oportunidade.", disse Lattes.
Em 1967, a Unicamp através do Instituto de Física Gleg Wataghin (IFGW) recebia Lattes como professor titular, onde também suas pesquisas continuariam. O Departamento de Raios Cósmicos foi por ele dirigido e, em 1986, César Lattes tornou-se professor emérito da universidade. No mesmo ano, ele também recebeu o título de doutor honoris causa e se aposentou.
Lattes passou os últimos anos de vida em Campinas, morando perto do campus. Faleceu em 2005 após sofrer um ataque cardíaco. Reconhecido internacionalmente e eternizado em artigos e nomes de centros de pesquisa, a contribuição desse personagem à ciência tem dimensão pouco comparáveis. É um dos raros integrantes brasileiros à Biographical Encyclopedia of Science and Technology, de Isaac Asimov. Também contribuiu à criação de várias instituições consagradas como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Assim, Césare Mansueto Giulio Lattes marcou a história da ciência e deixou uma geração de admiradores agradecidos.